sábado, 19 de janeiro de 2008

aprenda a tocar, e ler partituras!

A BATERIA

É um instrumento de percussão, constituídos por várias peças (tambores e pratos) de timbres e tamanhos diferentes, tocados por uma só pessoa. A palavra "bateria" refere-se a um conjunto de instrumentos de percussão de uma orquestra (ou de uma escola de samba, por exemplo) tocados por várias pessoas. Com base nisso, foi atribuído o mesmo nome ao conjunto de instrumento tocado por uma só pessoa, a BATERIA.

Hitoria Inspirada nos tambores africanos, a bateria surgiu com a invenção do pedal de bumbo e do tripé de sustentação da caixa, pois com isso tornou-se possível agrupar várias peças em um único instrumento. Isso foi nos Estados Unidos, em meados de 1900. Naquela época, usava-se bumbo, caixa, ton-ton e prato. O chimbal só foi introduzido a bateria por volta de 1930. Naquela época, a bateria tinha pouca posição de destaque, o máximo que podia fazer era marcar o tempo! Essa concepção só foi mudada, graças a um baterista chamado Gene Krupa, que inovou a forma de se tocar bateria.
PEÇAS DA BATERIA A bateria é um instrumento modular, podendo conter vários tambores e pratos, além de outros acessórios (agogô, carrilhão, etc). Recomenda-se ao iniciante, uma bateria somente com as peças básicas. Abaixo temos uma figura de uma bateria, com o respectivo nome de cada peça.








A bateria é basicamente composta por pratos (ataque, chimbal e condução) e por tambores (caixa, ton 1, ton 2, surdo e bumbo). Existem ainda outros tipos de pratos e tambores, mas geralmente se tratam de acessórios.

AS BAQUETAS
São aqueles dois "pauzinhos" que utilizamos para tocar bateria. Elas são as principais ferramentas do baterista. Quando tocamos, as baquetas são como se fosse nossas próprias mãos, ou seja, ela será uma continuação dos braços. Existem vários tipos de baquetas, variando em seu tamanho, peso, espessura. Cada tipo geralmente é indicado a um determinado estilo musical. Mas os tipos de baquetas também podem ser escolhidos, levando em conta o gosto pessoal.
Os dois tipos de baquetas mais utilizados são os modelos 5A e 5B. As baquetas modelo 5A são as mais utilizadas, não são nem pesadas nem leves. São muitos indicados para iniciantes, e a estilos musicais não muito pesado (pop, rock, country, samba, reggae, etc). Já o modelo 5B é um pouco mais pesado.

São indicados para práticas de exercícios técnicos e a estilos de música um pouco mais pesada (hard-rock, heavy-metal, etc). As baquetas podem ter pontas de nylon ou ponta de madeira. As baquetas com ponta de nylon tem um som mais brilhante, agudo". Já a baquetas com ponto de madeira tem um som mais "macio, aveludado", principalmente quando tocamos nos pratos

A escolha é uma questão de gosto, leva-se em conta também, o fato das baquetas com ponta de nylon durarem mais, além de conservar o instrumento.
Manuseio das Baquetas

OLÁ PESSOAL!!! E aí, já estão com as baquetas em mãos? AINDA NÃO??!! Pois então vamos IMPROVISAR uma! Sem essa de caneta, lápis, etc... Peque um cabo de vassoura (infantil) e faça um par de baquetas com 40 cm de comprimento, e pronto! Mãos a obra! (ou melhor, compre um par, não é tão caro assim, até em loja de cds você acha).

Já com as baquetas EM MÃOS... Nessa página vamos observar atentamente a forma correta de segurá-las e manuseá-las, utilizando a pegada moderna (onde ambas as mãos seguram a baqueta da mesma forma). Vale a pena lembrar que existem outros tipos de pegada (como a pegada tradicional), mas não recomendo aos iniciantes, pois cada mão segura a baqueta de forma diferente, dificultando assim a assimilação. Para melhor exemplificar, vamos dividir os dedos da mão em duas partes: uma delas é o que chamamos de “pinça” (dedo indicador e polegar), e a outra chamamos de “mola” (dedo médio, anular e mínimo).

Veja nas figuras 1 e 2, a forma correta de segurar a baqueta. Note que o polegar e o indicador (pinça) estão na mesma altura, pressionando relaxadamente a baqueta, enquanto os outros dedos (mola) apóiam a baqueta como se fosse um único dedo. Observe também que a baqueta não sai da mão, ela vai somente até a linha do pulso, e fica alinhada com o antebraço (como se fosse uma continuação dele).
Isso vale para ambas as mãos.


Seguindo as instruções acima de “pinça e mola”, vamos incluir e observar agora, o posicionamento das mãos, dos braços e dos antebraços, na hora de executar os toques. Veja as figuras 3 e 4. Repare que as unhas polegares estão uma de frente para a outra (de lado), os braços estão relaxados e próximos ao corpo (não colados), os antebraços juntamente com as baquetas, formam um “triângulo” e miram o centro da caixa. Além disso, é muito importante manter uma boa postura, e tomar cuidado com os “maus hábitos”, como apoiar a mão na perna, movimentar o corpo, etc.





Aplicação PráticaAntes de começar, não esqueça observar e de recordar alguns detalhes:# Postura;# Posicionamento de pinça e mola;# Braços relaxados e próximos ao corpo;# Execute os toques movimentando somente o pulso;# Deixe a “caixa” (ou qualquer outro objeto em que for tocar) um pouco abaixo da linha da cintura (veja a figura 3);# Comece BEM DEVAGAR, aumentando a velocidade aos poucos, na medida em que for dominando os exercícios.

Para cada exercício abaixo, temos quatro tempos (1, 2, 3 e 4), que servirão como referência, e devem ser contados com cadência e em voz alta, REPETIDAMENTE (dica: siga a cadência dos segundos do relógio).
E para cada tempo, devemos executar um toque na caixa*, utilizando a baqueta correspondente (D=direita ou E=esquerda).

Exercício 1
Tempos 1 2 3 4
Mãos D E D E
Exercício 2
Tempos 1 2 3 4
Mãos E D E D
Exercício 3
Tempos 1 2 3 4
Mãos D D E E
Exercício 4
Tempos 1 2 3 4
Mãos E E D D

Caso não possua “caixa”, nem “borracha de estudo”, pratique em qualquer superfície plana (ex.: uma cadeira com uma toalha de rosto em cima).

TEORIA MUSICAL


Em toda prática existe uma teoria com o intuito de facilitar o aprendizado; na música não é diferente, por isso julgo indispensável, o estudo básico da teoria musical, para que o seu desenvolvimento tenha uma base sólida, pois facilitará a assimilação e a aplicação dos elementos técnicos e práticos que veremos nas próximas aulas.


A MÚSICA

É uma arte universal. É a mais sublime criação humana. É a arte de nos expressarmos através dos sons. Os elementos que compõe a música são: Som, Ritmo, Melodia e Harmonia.

SOM - é tudo aquilo que impressiona o ouvido. É o resultado da vibração dos corpos. E a qualidade pela qual distinguimos os sons são: altura, duração, intensidade e timbre.

altura - são os sons médios, graves e agudos. São representados pelas notas musicais: dó, ré, mi, fá, sol, lá e si. No caso da bateria, não utilizamos notas musicais, e sim, peças da bateria (chimbal, caixa, bumbo, pratos, etc).

duração - é o maior ou menor tempo produzido pelo som. Na música a duração do som é representada pelas Figuras de Notas (veremos abaixo).

intensidade - refere-se ao volume do som. Na música são representados pelos sinais de dinâmica. Veja alguns deles: pp (muito fraco); p (fraco); mp (meio fraco); f (forte); ff (fortíssimo).

timbre - é a característica própria de cada instrumento. É pelo timbre que distinguimos um som da mesma altura, duração e intensidade, produzidos por instrumentos ou vozes diferentes (se uma música está sendo executada por um piano, ou por um violino, ou por uma flauta, etc).

RITMO

O ritmo está presente em todas as coisas (na batida do coração; nos ponteiros do relógio; numa marcha militar; no sistema solar; etc...), portanto ele é uma lei universal. O ritmo é completamente independente da música, mas a música não dispensa o ritmo. Para ficar mais clara a assimilação sobre o ritmo, observe, por exemplo, o “ponteiro de segundos” de um relógio, nele temos um movimento contínuo e uniforme.

A cada segundo, o ponteiro se desloca precisamente. Agora tente acompanha-lo batendo palmas. Ao fazer isso, você estará acompanhando o RITMO do relógio. O ritmo pode ser lento, médio ou rápido. Denominamos a velocidade do ritmo de “ANDAMENTO”.
Por exemplo: o andamento dos “segundos do relógio” tem uma velocidade de 60 batidas por minuto (bpm), essa velocidade é considerada lenta. O andamento pode ter 80, 120, 200 bpm!!! Para marcarmos esses andamentos com precisão, utilizamos um aparelho chamado de “metrônomo”.

MELODIA

é um conjunto de sons sucessivos. Quando você canta: "parabéns pra você, nesta data querida...", você está cantando a melodia da música.
HARMONIA

é uma combinação de sons simultâneos. Por exemplo: um acorde; ou quando tocamos bumbo e prato ao mesmo tempo.

NOTAÇÃO MUSICAL
A notação musical é composta por elementos que constituem a escrita musical, tais como: notas, pausas, claves, sinais, etc... E é com esses elementos que escrevemos uma partitura. Mas para escrevermos uma partitura utilizando os elementos da notação musical, é necessário uma pauta, ou um pentagrama.
O pentagrama é constituído por 5 linhas e 4 espaços, contados de baixo para cima, é nele que escrevemos e lemos uma partitura ou um exercício musical (veremos sua utilização nas próximas aulas).

Morfologia da palavra PENTAGRAMA: Penta (cinco), Grama (linha).

Obs.: O pentagrama pode conter espaços suplementares inferiores e superiores. Antes de começarmos a tocar qualquer instrumento, devemos aprender a notação musical, forma universal, pela qual a música é escrita, e que proporciona um total aproveitamento do estudo.

FIGURAS MUSICAIS
Figuras musicais são valores que indicam a DURAÇÃO DO SOM.
É através delas que sabemos, se um determinado SOM (nota) ou SILÊNCIO (pausa) tem uma duração longa ou curta. Também são conhecidas como FIGURA DE VALORES.
As figuras musicais podem ser FIGURAS DE NOTAS (positivas), ou FIGURAS DE PAUSAS (negativas).FIGURAS DE NOTAS, também são conhecidas como valores positivos, figuras positivas ou ainda duração, são figuras que indicam a duração do SOM. FIGURAS DE PAUSAS, também são conhecidas como valores negativos, figuras negativas ou pausas.
Elas determinam a duração do SILÊNCIO, ausência de som.
Cada figura positiva (de nota) tem uma figura negativa (de pausa) equivalente. O nome utilizado por ambas é o mesmo, a única diferença entre elas é que, a figura de nota exige uma execução que emita som; já a figura de pausa, exige um espaço de tempo em silêncio, conforme o valor de duração da figura.

Veja abaixo as principais Figuras Musicais:


Nenhuma figura tem uma duração pré-determinada, o que existe é uma relação de "metade e dobro" entre uma figura e outra.

Ex.: A semibreve é a figura de maior duração, ela equivale a duração de 2 mínimas.

A mínima equivale a duração de 2 semínimas, e assim por diante. Veja essa comparação no quadro abaixo. O número de referência (veja no quadro acima) é utilizado para representar a figura musical em uma fórmula de compasso

Entenderemos um pouco melhor a sua utilidade, estudando o assunto fórmulas de compasso (um pouco mais abaixo). É essa fórmula que irá determinar a duração exata das figuras e quantos tempos terá o compasso.





COMPASSO
É uma divisão da música em partes iguais ou variáveis, e é constituído por tempos. O compasso é o responsável pela cadência rítmica da música.

Quando escutamos uma música, e a acompanhamos, batendo com o pé no chão ou batendo palmas, nós estamos simplesmente acompanhando os tempos do compasso.

Os compassos podem ser: binários (2 tempos), ternários (3 tempos), ou quaternários (4 tempos).

Existem ainda outros tipos de compassos com 5, 6, 7 tempos, mas não são muito utilizados na música popular.

Ex.: Imaginem que os asterisco abaixo é algo sem compasso

:*************************************

Agora vejam os asterisco abaixo com compasso:

********************************

Dessa forma fica mais organizado!Para separar um compasso do outros, utilizamos a BARRA DE COMPASSO.


partituras de bateria! É chato mais essêncial


Aprender a escrever suas próprias partituras é um hábito que devemos desenvolver, não importando se você é um baterista em atividade ou apenas um iniciante.
Quer você toque com a mesma banda toda noite ou como um freelancer (tocar com várias bandas), há muitos benefícios em escrever suas próprias partituras. A maioria das partituras escritas para bateria são muito "pobres". Elas geralmente oferecem nada mais do que alguns acentos que você deve fazer junto com a banda. E as partituras que mostram os ritmos e os fills, geralmente estão incorretas. Por estas razões, se eles te entregam uma partitura ou não, você deve aprender a escrever as suas.
A Partitura Caseira
Suponha que você tenha uma nova música para trabalhar. Se você receber a partitura dela, use-a como uma base para criar a sua. Se não receber, você pode escrever uma. Primeiro faça um esboço da música toda num papel em branco. Se houver uma "intro", inclua-a no papel, mas não coloque nenhuma nota ainda. Depois inclua as outras partes da música. Faça uma anotação acima de cada seção da música, por exemplo, verso, chorus, ponte, fill, etc. Anote também, as seções onde haverá solos ou entrada de um cantor. Uma vez que você acabou o esboço da música toda, é hora de adicionar os detalhes.
Se você tem ensaiado com algumas bandas, deve ter notado que eles servem para fazer a checagem e alguma alteração da música, se for necessário. Serão adicionados alguns elementos e substituídos outros até que a banda resolva que o arranjo está pronto. O mesmo serve para sua parte. A música deve te dar uma idéia de qual groove você vai usar, mas o groove exato é algo que você vai experimentar e descobrir com a banda toda. É aí que entra sua percepção. Você deve ouvir cuidadosamente o que os outros músicos estão tocando e tentar encaixar seu padrão rítmico na música.
Neste ponto, sua partitura deve consistir de uma ou mais folhas com compassos vazios, e apenas algumas anotações acima de cada seção identificando-as como Intro, Verso, Solo, Ponte, etc. Você deve marcar também o andamento e o estilo a ser tocado (funk, rock, samba, etc.). Agora vem a melhor parte.
Preste Atenção ao Ritmo
Da primeira vez que você tocar a música, preste atenção ao contrabaixo. Se não houver um baixista, preste atenção na "linha de baixo" (mão esquerda) do piano/teclado. Se o tecladista não está fazendo a linha de baixo, saia da banda. (Estou parcialmente brincando aqui). Uma banda sem baixo é uma banda sem coração. Ok, vamos assumir que sua banda tenha um baixista. Você e o baixista têm que completar um ao outro, não competir um com o outro. O baterista deve seguir o padrão rítmico do baixista e vice-versa. Não exatamente nota por nota, mas próximo a isso. Isso dá ao resto da banda uma base sólida. O próximo membro da banda que você deve ouvir, é o tecladista. Se não houver um tecladista ouça o guitarrista. Seu padrão rítmico não deve conflitar com o padrão do guitarrista. Se a sua banda inclui um percussionista, você também deve prestar atenção ao que ele está tocando. Uma vez que você definiu o padrão rítmico, escreva-o na sua partitura. O fator "ouvir" é muito importante. Há muitos bateristas que tocam bem sozinhos, mas soam horríveis acompanhando uma banda. É porque eles não ouvem ninguém na banda além deles mesmos. Você pode ser o maior solista de todos os tempos, mas para soar bem com uma banda você deve se tornar parte desta banda. Ouça cuidadosamente o que os outros membros da banda estão tocando e complete cada um deles.
Uma vez que você definiu os padrões rítmicos, você pode se concentrar nos acentos que deve fazer junto com a banda. Com certeza você não vai decorar todos eles. Então anote-os na partitura.

Agora, sua partitura deve conter o seguinte:
a indicação do andamento.
o estilo de música a ser tocado (jazz, rock, etc.).
o esboço da partitura toda dividida em compassos.
seções musicais com suas respectivas marcações (verso, solo, fill, etc.).
o padrão rítmico escrito em detalhes.
todos os acentos que você fará com a banda.
Se a música tem uma linha de voz, você poderá marcar algumas das principais palavras da letra. Também, (a menos que infelizmente você esteja numa banda em que você tenha que tocar exatamente os mesmos fills, exatamente nos mesmos lugares) não escreva os fills, use somente a palavra FILL e deixe-os fluir de acordo com o momento.
Quando escrever sua partitura, esteja certo que ela está compreensível e legível a uma certa distância. Não inclua codas e sinais de repetição complicados demais, a ponto de fazer você se perder. É mais interessante escrever uma partitura um pouco longa e fácil de seguir do que uma curta e fácil de se perder.
Uma vez que você tenha várias destas partituras "caseiras", procure fazer um arquivo pessoal. E não se esqueça de ter uma cópia de cada uma em caso de perda.
Se você acha que ler uma partitura num show não é uma atitude profissional, você tem duas escolhas: memorize todas as músicas que for tocar ou coloque a partitura numa posição que o público não possa vê-la.
Mesmo que você não tenha a intenção de usar as partituras nos shows, eu recomendo que você as transcreva assim mesmo como um meio de treinar sua percepção e as use nos ensaios pra verificar se estão certas. As partituras ajudam a visualização da estrutura musical como um todo. E lembre-se ouvir é um dever!

bateria


Assim como ocorre com o baixista, um dos papéis do baterista nas formas tradicionais do jazz é tocar uma marcação constante no estilo da música. Por constante, eu quero dizer em relação ao andamento, e não pretendo implicar que você não deva ser criativo e variar seus padrões. Eu não estou habilitado a iluminar bateristas sobre os detalhes de técnicas de bateria, mas posso descrever alguns estilos e padrões básicos, e dar algumas dicas sobre outros aspectos do papel do baterista.
A marcação básica do suíngue 4/4 consiste de dois componentes: o padrão do ride (prato de condução) e o padrão do chimbal. O padrão fundamental do ride é o esquema "1, 2 e, 3, 4 e" ou "ding ding-a ding ding-a" tocado no prato de condução com colcheias suingadas. O chimbal é normalmente fechado marcadamente no "2" e "4". É isso que a maioria das baterias eletrônicas (drum machines) tocam quando a opção "swing" é selecionada. Esse padrão é adequado para muitas músicas de jazz, especialmente standards ou músicas de bebop, com andamento médio ou acelerado. Músicas mais lentas, como as baladas, geralmente pedem o uso de vassourinhas na caixa de percussão em vez de baquetas nos pratos como o padrão principal. Há alguns livros que podem ajudar você a formar padrões para outros estilos; um desses livros é Essential Styles For The Drummer And Bassist. O essencial dos estilos que você deve saber tocar estão descritos abaixo.
A marcação básica do shuffle consiste de colcheias no prato de condução e possivelmente na caixa. Os tempos 2 e 4 também são geralmente enfatizados com mais força. O padrão básico de uma valsa de jazz, ou suíngue 3/4, consiste de "um, dois e, três" ou "ding ding-a ding" no ride, com o chimbal no "2". Entre outras variações, estão o uso do chimbal no "2" e no "3", ou em todos os três tempos; e o acréscimo da caixa no "e-do-2" ou no "3".
Três formas de jazz latino que você deve estar pronto para tocar são a bossa nova, o samba e o mambo. A essência da maioria das formas do jazz latino é a clave, que é um tipo de fórmula rítmica. A clave básica tem dois compassos, e consiste de "1, e-do-2, 4; 2, 3". Há também uma clave africana ou clave da rumba, em que a terceira nota é tocada no "e-do-4" em vez de no tempo. A bossa nova usa uma variação da clave básica em que a última nota cai no "e-do-3", em vez de no tempo. Esses padrões de clave também podem ser invertidos, trocando-se a ordem dos compassos. A clave é geralmente tocada como batidas na borda da caixa numa bateria tradicional, embora com freqüência não seja tocada explicitamente pelo baterista, caso em que um percussionista auxiliar pode tocá-la.
A clave é suplementada por outros padrões em outros tambores. O bumbo pode tocar no "1" e "3" com anacruse de colcheia. O chimbal é fechado no "2" e "4". Outros padrões podem ser tocados num prato ou numa cowbell. Entre os padrões típicos do mambo estão "1, 2, 3, e-do-3, e-do-4; 1, 2, e-do-2, e-do-3, e-do-4" ou "1, 2, 3, e-do-3; 1, e-do-1, e-do-2, e-do-3, 4". Um padrão simples que consiste de "2, 4, e-do-4" é tocado na borda da caixa e no tom-tom acoplado em vez de uma clave. Numa bossa nova pode-se usar um padrão que consiste de colcheias sem suíngue no prato de condução. O samba tem uma sensação de andamento dobrado. O padrão do prato é geralmente com colcheias sem suíngue, e é geralmente tocado num chimbal fechado. A caixa pode ser simplesmente tocada no "4" em vez de se tocar a clave.
Certas composições, como "The Sidewinder", de Lee Morgan, ou "Sister Cheryl", de Tony Williams, têm padrões de bateria únicos, que são indelevelmente associados com uma música específica. Ouvir gravações de uma música a ser tocada antes de tentar tocá-la é provavelmente mais útil aos bateristas do que a qualquer outro músico, já que os fakebooks geralmente não fornecem muitas dicas para o baterista.
Um bom baterista não vai simplesmente tocar o mesmo padrão sem parar durante toda uma música. Uma coisa que você pode fazer é variar o padrão, talvez tocando somente colcheias no prato de condução, ou variando ocasionalmente o ritmo para "ding-a ding ding-a ding". Ou você pode tocar o chimbal em cada pulso. Você também pode usar outros tambores, como os toms, como parte de seu pulso básico para uma música. Tony Williams é um mestre em variar seus padrões dessa maneira.
Freqüentemente, um baterista toca um pulso binário simples durante a apresentação inicial do tema ("head"), e troca para semínimas sem suíngue durante os solos. Uma das maneiras mais fáceis de mudar a sensação rítmica de uma música é simplesmente trocar os pratos para o padrão de ride, quando por exemplo há uma troca de solista, ou para marcar a ponte de uma música. Marcar a forma de uma música é um outro papel importante do baterista. A maioria das formas típicas de músicas têm frases de 4 ou 8 compassos. Ao final de cada frase, o baterista geralmente toca padrões ou viradas mais complexos para conduzir até a frase seguinte. Outra tática é mudar o pulso básico de frase para frase. Como baterista, você deve estar sempre ciente da forma da música, e saber onde estão os breaks, introduções especiais ou codas. Você deve ser capaz de cantar a melodia para si mesmo durante os solos se necessário, de modo que consiga delinear a forma para o solista. Isso vai ajudar o solista a manter seu lugar, ao permitir que ele reconheça quando você chegou à ponte, por exemplo. Além disso, o solista geralmente estrutura suas próprias frases seguindo as linhas da forma original. Ao aderir a essa forma, o baterista vai geralmente estar dando suporte ao desenvolvimento das idéias do solista. Art Blakey é um mestre em tocar a forma e dar suporte aos solista desta maneira.
Durante um solo, um instrumentista pode deixar pausas intencionais em suas frases. Assim como ocorre com o pianista e o baixista, o baterista deve decidir se preenche esses espaços com algum tipo de frase de resposta ou contra-ritmo. Bateristas também podem criar tensão por meio do uso da polirritmia, que são dois ou mais ritmos sobrepostos; por exemplo, 3 contra 4. Um baterista pode, ou tentar tocar dois ritmos diferentes ele próprio, ou trabalhar com o baixista ou outro músico do acompanhamento, ou com o solista, para criar uma poliritmia entre eles. Do mesmo modo que acontece com o uso do contraponto em linhas de baixo, entretanto, você precisa equilibrar o desejo de variação rítmica com a compreensão de que o resultado pode ser um entulho ou o caos se você for longe demais.
Como todos dependem do baterista para manter o andamento preciso, a estabilidade rítmica é essencial. Entretanto, o interesse rítmico da parte da bateria também é importante, e é vital durante solos de bateria. E percussão também não é só ritmo. Como um baterista, você não pode tocar linhas que sejam interessantes num sentido melódico ou harmônico tradicional, mas pode variar o timbre de suas linhas tocando com tambores e pratos de alturas e timbres diferentes. Você deve pensar melodicamente quando toca bateria.